A Luta pela Memória: Preservando a História do Cidade Nova

Elza Mendes
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Nos meses de agosto, setembro e outubro, o Cidade Nova Informa (CNI) recebeu os estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), na disciplina obrigatória "Estudos do Território", ministrada pela professora doutora Cecília Angileli.

Durante esse período, os alunos desenvolveram um estudo focado na linha do tempo do bairro Cidade Nova, desde sua origem como fruto de uma remoção urbana até os desafios e descasos enfrentados pela comunidade ao longo dos anos. O trabalho buscou resgatar e preservar o patrimônio histórico material e imaterial do bairro, documentando relatos e fotos da comunidade, cobrindo desde a década de 1990 até 2024.

Essa linha do tempo destaca a relevância histórica da comunidade, que não pode ser ignorada. Em 2011, um movimento de resistência surgiu entre um grupo de moradores inconformados com o abandono e a falta de políticas públicas para a região. Esse grupo, com muitas parcerias e dedicação, se fortaleceu ao receber projetos de extensão da UNILA a partir de 2013, o que trouxe resultados positivos, como o aumento no número de estudantes do bairro nas universidades públicas e privadas, como UNILA, UNIOESTE e outras. Como resultado, muitos jovens se formaram em áreas como Engenharias, Medicina, Pedagogia e Matemática.

Em 2017, como parte de um desses projetos de extensão, foi produzido o livro de pano "O Peso da Remoção Urbana", que narra a realidade da comunidade. Recentemente, esse material foi transformado em um podcast, graças ao empenho dos estudantes e à orientação dos professores Ana Eleotério e Antônio Della Penha.

Durante os trabalhos, foram realizadas entrevistas com algumas das participantes na confecção do livro de pano: Cida Melo, Nilda Ferreira e Elza Mendes. O envolvimento dessas mulheres foi fundamental para o registro da memória comunitária.

Agradecemos a todos os envolvidos – comunidade, estudantes e professores – pelo compromisso em preservar a história do bairro Cidade Nova, especialmente àqueles que fundaram o CNI e aos participantes dos projetos de extensão que transformaram esse movimento em uma força ativa pela preservação cultural e social.







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