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Origem do Bairro Cidade Nova

No inicio da década de 1990, o município de Foz do Iguaçu, em conjunto com o governo do Estado do Paraná, procurou para déficit habitacional na região com vistas a atender as demandas da reivindicação da população local. Esse movimento foi resultado também da intenção do governo municipal em remover a população que ocupava regiões centrais denominadas “corredor turístico”, a fim de viabilizar obras de revitalização do perímetro urbano e atrativos turísticos.

Dentre essas obras, estava o projeto da Avenida Beira Rio, que seria construída às margens do Rio Paraná de forma a possibilitar uma vista panorâmica do rio e do país vizinho, o Paraguai, o que seria mais um atrativo turístico do município de e desafogaria o tráfego de veículos no centro da cidade. No entanto, a comunidade do Monsenhor Guilherme ocupava o espaço onde seriam realizadas tais obras. O que impulsionou a busca por uma tentativa de relação dessas famílias. Como o problema habitacional de Foz do Iguaçu não se restringia apenas à essas comunidades, tornou-se necessário pensar numa proposta que abrangesse também moradores de outras comunidades.

Em 1993 foi organizada a COHAFOZ (Companhia de Habitação de Foz do Iguaçu) para dar inicio à elaboração de propostas para resolver o impasse de moradia em Foz do Iguaçu. A partir de então iniciou-se um período de discussões, encontros, reuniões e proposições em busca de uma alternativa que viabilizasse a realocações dos moradores, principalmente oriundos das comunidades localizadas às margens do Rio Paraná afim de liberar o terreno para as obras da Avenida Beira Rio.

Esse movimento resultou na aprovação – não sem conflitos, pois as propostas nem sempre atendiam as necessidades e expectativas dos moradores – do projeto de loteamento Cidade Nova, que seria construído na região Norte do município, a apenas 10 minutos de automóvel do centro da cidade. Projetado para atender inicialmente cerca de 4,500 famílias que aspiravam a casa própria.

A área determinada para o loteamento compreende dois milhões de metros quadrados. É cortada de leste-oeste por uma faixa de aproximadamente 425.000 metros quadrados por onde passa as linhas de transmissão de energia gerada na Usina Hidrelétrica de Itaipu em direção à Subestação de Furnas, o “Linhão”.

O projeto se configurou como o maior projeto habitacional em execução do Estado do Paraná no período. No entanto, hoje é possível perceber que nem tudo que consta no projeto chegou a ser concretizado. Por exemplo, o projeto previa a construção de uma área de desenvolvimento vertical, onde seriam construídos prédios de apartamentos. Tais prédios nunca foram construídos. Assim como a Vila Solidária e as pequenas industrias para geração de emprego previsto nos projetos.

Em janeiro de 1998 teve inicio a obra de construção da primeira etapa do loteamento. Após a conclusão de aproximadamente 450 casas, em 1999, os primeiros moradores foram conduzidos ao novo bairro denominado Cidade Nova.

Reivindicações por Educação Escolar no Bairro Cidade Nova


Os filhos em idade escolar dos primeiros moradores eram deslocados de ônibus até a Unioeste - os que frequentavam as séries iniciais do Ensino Fundamental - e para o Colégio Estadual, na Vila C - os que frequentavam as séries finais do Ensino Fundamental - pois a Escola Municipal Jorge e o Colégio Estadual Ipê Roxo ainda não haviam sido construídos.

Em 2000 inicio a construção do Colégio Estadual Ipê Roxo, na Rua Claudio Gonzales Gavillan, devido a reivindicação dos moradores. O Colégio entrou em funcionamento em 2002, no entanto, até 2006 funcionava como extensão de um Colégio Central. Desde o inicio de seu funcionamento, o Colégio tem encontrado inúmeras dificuldades.

No inicio, a grande maioria da população do bairro era composta por trabalhadores informais. No entanto, observa-se que hoje há uma diversidade de profissões, pois os moradores ocupam várias áreas do mercado de trabalho. Alguns moradores cursavam ou estão cursando cursos de nível superior.

Mas, ainda assim, percebe-se a falta de infraestrutura na parte de recursos humanos e físicos, no sentido de trabalhar com a comunidade suas necessidades de valorização humana.

Por tudo, a comunidade do bairro Cidade Nova tem necessidades de um trabalho voltado para a humanização, de valorização de sua cultura, resgate de sua história e que possa contribuir para a elevação de sua autoestima, levando-os perceberem-se como sujeitos.

As informações deste texto foram extraídas de documentos da COHAFOZ e notícias do Jornal Gazeta do Iguaçu do acervo pessoal do Sr. Moises Rodrigues, e relatos e escritos de moradores do bairro coletados na pesquisas de campo realizado pelos alunos do Colégio Ipê Roxo.




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