Cinema comunitário: uma janela para a inclusão e diversidade cultural

Marcelo Botura
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Nesta sexta-feira, 13 de setembro, a Biblioteca Comunitária CNI, em Foz do Iguaçu, foi cenário de um evento marcante que destacou a importância do cinema comunitário. A convite do diretor Érico Alessandro, o produtor e agente cultural da Diamante Filmes com sede em Maringá/PR e escritório no Rio de Janeiro/RJ retornou ao universo cinematográfico com uma missão especial: realizar uma Mostra Cinematográfica de dois filmes premiados pela Lei Complementar nº 195, de 08 de julho de 2022, a Lei Paulo Gustavo.

Inicialmente planejada para percorrer 10 cidades do Paraná — Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Campo Mourão, Cianorte, Maringá, Arapongas, Apucarana, Londrina e Cascavel — a mostra cinematográfica tomou um rumo inesperado com a reorganização do estado em sete macro-regiões culturais pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (SEEC). Essa descentralização permitiu que ações culturais alcançassem comunidades antes excluídas desse tipo de iniciativa.

Com o apoio dos Núcleos Regionais de Cultura, o projeto superou as expectativas e estendeu-se para além das cidades inicialmente contempladas, chegando a comunidades ribeirinhas, indígenas, escolas em áreas periféricas e até colônias penais em regime de semi-liberdade. “O meu diretor autorizou a ampliação das exibições, e de 10 cidades previstas, já superamos 20 municípios com oficinas interativas sobre 'Produção Audiovisual'”, destaca o produtor.

Na Biblioteca Comunitária CNI, a iniciativa ganhou contornos especiais. Convidada por Juliana Tonim, agente cultural do NRC/SEEC Sudoeste, a equipe da Diamante Filmes encontrou um espaço simples que se transformou em uma "sala de cinema maravilhosa," repleta de crianças, jovens e adultos, todos imersos na experiência cinematográfica. Após o filme, uma roda de contos se formou, onde os mais velhos compartilharam suas histórias com os mais jovens, criando um ambiente de forte conexão e aprendizado mútuo.

Para a Diamante Filmes, o evento foi uma honra e um prazer: “Compartilhamos nossas aventuras e desafios de fazer cinema e viver de arte no Brasil”, relata o produtor. A mostra não apenas ofereceu momentos de lazer e cultura, mas reforçou a importância de democratizar o acesso à arte, promovendo a inclusão e a diversidade cultural.

O sucesso do evento na Biblioteca Comunitária CNI evidencia o papel transformador do cinema comunitário. Este tipo de iniciativa é fundamental para levar a arte e a cultura a locais e públicos que, frequentemente, não têm acesso a essas experiências. Ao transformar um espaço comunitário em um centro de integração social e cultural, a mostra celebra a cultura brasileira e promove o encontro de diferentes gerações, fortalecendo laços e valorizando a diversidade.

Por Marcelo Botura | CNI


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