Lançamento do livro “É possível ser feliz no casamento? Discurso médico e crítica literária feminista no Brasil moderno”, de Cleusa Gomes

Data: Quinta-feira, 28 de setembro
Horário: 18h30
Local: Paiol Tap House (Av. Garibaldi, 1624 - Lancaster)
Haverá debate com a participação de Cleusa Gomes, Regiane Tonatto e Karine Brito.

Nesta quinta-feira (28), será realizado o lançamento do livro “É possível ser feliz no casamento? Discurso médico e crítica literária feminista no Brasil moderno”, de autoria da historiadora e professora da UNILA, Cleusa Gomes. O lançamento será às 18h30, no Paiol Tap House (Av. Garibaldi, 1624 - Lancaster) e contará com um debate com a presença da autora e as pesquisadoras Regiane Tonatto, doutora em Sociedade, Cultura e Fronteiras pela Unioeste, e Karine Brito, que também é psicóloga e orientadora de psicologia no Núcleo Maria da Penha. 

A pesquisa que deu origem ao livro foi desenvolvida durante o mestrado de Cleusa Gomes no Programa de Pós-graduação em História da UNICAMP, sob a orientação da professora Margareth Rago, uma das maiores referências nos estudos de gênero no país. A obra promete trazer à tona vozes há muito tempo silenciadas e contribuir significativamente para os estudos de gênero e a compreensão da história do casamento no Brasil.

No livro, Cleusa Gomes resgata fontes literárias do início do século 20 escritas por mulheres. São autoras que, mesmo em um período de transformações no conceito de casamento, ousaram discutir em suas obras a temática do casamento, desafiando o discurso dominante sobre os benefícios da instituição matrimonial. A publicação apresenta algumas escritoras desconhecidas do grande público como Carmen Dolores, Ercilia Nogueira Cobra, Elisa Teixeira de Abreu, Lola de Oliveira e Laura Villares, e autoras mais conhecidas como Júlia Lopes de Almeida, Patrícia Galvão e Maria Lacerda de Moura. 

Para Margareth Rago, que além de orientadora também assina o Prefácio, a leitura do livro é uma oportunidade de conhecer dimensões silenciadas da história das mulheres. “Até algumas décadas atrás, considerava-se o corpo, a sexualidade, o desejo e as emoções como naturais e não como históricas ou seja, produtos de determinada cultura em temporalidade específica. Ampliando nosso conhecimento sobre esse universo tão silenciado, este trabalho nos traz ao presente. Em tempos de conservadorismo extremo é necessário perceber o passado que resiste e insiste em ficar em que pesem os esforços de muitas gerações que apostam na invenção de outros modos de existência e na construção de mundos filóginos, libertários e mais humanizados”, salientou.