DAS REMOÇÕES AOS CONJUNTOS HABITACIONAIS: UMA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DAS MULHERES CHEFES DE FAMÍLIA DO BAIRRO CIDADE NOVA NO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU/PR
Fernanda Sobral Rocha (2019)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Desenvolvimento da Universidade Federal da Integração Latino-Americana
Esta pesquisa se propõe a dialogar com as mulheres chefes de família do conjunto habitacional Cidade Nova, buscando analisar sua percepção sobre as remoções promovidas pelo programa habitacional voltado à população de baixa renda, executado pelo do FOZHABITA, além de uma reflexão sobre a participação das mulheres no ciclo das políticas públicas. A temática a ser apresentada e dialogada neste estudo, está relacionada à política habitacional, tendo eixo norteador o espaço urbano e o território usado. A análise demonstra, entre outras questões, a segregação e os aglomerados de exclusão. Além disso, muitos estudos têm comprovado a desigualdade entre mulheres e homens – social, político e econômico – que predominam numa sociedade capitalista, hierarquizada e patriarcal.
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AS MORTES VIOLENTAS NA TRÍPLICE FRONTEIRA: NÚMEROS, REPRESENTAÇÕES E CONTROLE SOCIAL. Estudo comparativo entre Brasil, Paraguai e Argentina
Sandra Cristiana Kleinschmitt (2016)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA – PPGS
O objetivo desta tese foi analisar as representações e as políticas de controle para as mortes violentas na Tríplice Fronteira Brasil-Paraguai-Argentina. A teoria de base foi a da Criminologia Cultural e a abordagem foi comparativa. Os dados foram obtidos a partir de pesquisa documental e de entrevistas realizadas mediante um questionário semi-estruturado. A análise desses dados resultou na conclusão de que as forças culturais dominantes do lado brasileiro representam as letalidades relacionadas aos mercados ilícitos transnacionais. No lado paraguaio verificou-se uma divisão entre os motivadores relacionados ao narcotráfico e aos motivadores não relacionados ao narcotráfico. Por fim, no lado argentino predomina a representação sobre motivadores interpessoais. No Brasil, como consequência dessas representações para a formulação de políticas ocorreu a implementação de políticas de controle com perfis distintos: duas fases são políticas de urbanização e uma de operações policiais. A primeira política foi o Projeto “Beira Rio”, que promoveu a remoção das favelas que estavam na barranca do rio Paraná. Uma das consequências dessa política foi o aumento das taxas de letalidades em Foz do Iguaçu, entre os anos 1993 a 2006.
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Metamorfoses na cidade: tensões e contradições na produção e apropriação do espaço urbano em Foz do Iguaçu
Danilo Goerge Ribeiro (2015)
Dissertação (Mestrado em Fronteiras, Identidades e Políticas Públicas) - Universidade Estadual do Oeste do Parana, Toledo
O objetivo dessa pesquisa é investigar as lutas sociais no processo de produção do espaço urbano em Foz do Iguaçu-PR. A problematização que orientou esta pesquisa ficou concentrada no processo de transformação urbana na cidade, consolidada como um dos principais destinos turísticos do país. Partimos da perspectiva de que o espaço urbano é um produto socialmente produzido. A partir dessa concepção do espaço social, foi possível inserir esse estudo na lógica do materialismo histórico e sua relação com as classes sociais. Neste sentido, a pesquisa caminhou na direção de explorar as contradições que permearam o processo de apropriação do espaço urbano no desenvolvimento do turismo e o conflito com comunidades inseridas em regiões consideradas de interesse econômico e turístico pela municipalidade. Assim, buscamos identificar os múltiplos sujeitos históricos envolvidos nesse processo por meio da problematização de fontes históricas, escritas e orais. Este procedimento permitiu revelar aspectos da construção material e simbólica da cidade, abrindo possibilidades para compreender a relação das classes sociais com a produção e apropriação do espaço urbano.
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O PAPEL DAS MÍDIAS NO ESTIGMA SOCIAL DO MORADOR DE FAVELA: REFLEXÕES A PARTIR DO BAIRRO CIDADE NOVA EM FOZ DO IGUAÇU – PR
Viviane da Silva Welter, Tatiane Lima de Paiva, Fátima Regina Cividini e Denise Rosana da Silva Moraes (2020)
A modernidade e a globalização reconfiguram relações sociais, econômicas e culturais em um movi-mento fluido e constante, que parece não ter limites espaciais ou temporais. As novas tecnologias invadiram nossas vidas e hoje temos acesso a informações e notícias oriundas de diversos meios de comunicação, inclusive na palma das nossas mãos. Entretanto, mesmo com o acesso a essas tecnologias, problemas como migrações li-vres ou forçadas que resultam em crescimento urbano não planejado, segregação socioespacial, desemprego, violência etc. fazem parte dos cenários urbanos. Pessoas vivenciam situações degradantes em seu cotidiano que lhes tiram a dignidade, e ademais disso, sofrem estigmas por sua condição social. Esse é caso dos moradores do bairro Cidade Nova em Foz do Iguaçu – PR, rotulado como violento. Analisando esse contexto, propusemo-nos neste artigo a refletir sobre a contribuição das mídias na estigmatização do morador de favela, a partir do olhar do bairro Cidade Nova. Para isso, pautamos este estudo em pesquisa bibliográfica, análise de narrativas extraídas de Tatiane Paiva (2018) e de um portal de notícias do bairro estudado, uma entrevista de uma rede de televisão paranaense, além da análise de um rap escrito por um morador do Cidade Nova.
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