É um lamento profundo para toda uma comunidade quando se perde alguém que dedicou sua vida a pregar o amor e a compaixão. Para a paróquia de Nossa Senhora da Luz, essa tristeza é agravada pela falta de segurança que resultou em inúmeros assaltos e agressões aos marginais, dentro de sua própria igreja. Uma pessoa que só difundia amor foi forçada a suportar tais ataques. As consequências emocionais desse sofrimento são inegáveis e dolorosas.
A história dessa comunidade foi marcada por desafios, inclusive a celebração de missas em locais improvisados. O Padre Aldo, ao chegar, encarou essa realidade e imediatamente se empenhou em encontrar um terreno para construir uma igreja que oferecesse um espaço sagrado para os fiéis. A determinação dele era inabalável, mesmo diante das dificuldades.
Depois de procurar incansavelmente por terrenos à venda e não encontrar sucesso, o Padre Aldo uniu forças com a comunidade e buscou a ajuda da cooperativa Foz Habita. Sua visão era clara: encontrar um terreno bem localizado para a construção da igreja. O processo envolveu aprovação da câmara de vereadores, uma batalha que foi vencida graças à perseverança e dedicação.
Hoje, o bairro Cidade Nova abriga uma igreja como resultado direto da incansável insistência do Padre Aldo. Sua honra, trabalho árduo e respeito pela fé são admirados por todos. Ele esteve sempre presente, independentemente das condições climáticas, celebrando a comunidade São Gabriel Arcanjo nas chuvas, no sol escaldante e no frio.
A ausência do Padre Aldo é uma lacuna sentida profundamente no bairro Cidade Nova. Durante quase nove anos, ele lutou incansavelmente e contribuiu para a evolução da comunidade, celebrando missas semanais às quartas-feiras e domingos. Sua humildade e humanidade o tornaram um farol de apoio, e ele estava sempre pronto para atender às necessidades da comunidade.
Hoje, suas lembranças permanecem vivas, enquanto a comunidade se despede de um homem que moldou e guiou suas vidas. Que Deus ilumine o caminho do Padre Aldo, recompensando-o por sua dedicação e amor inabaláveis.
Por José Batista, 2012.